
sábado, 29 de outubro de 2011
Post-it

domingo, 16 de outubro de 2011
...
no outro eu era traída, abandonada, esquecida...
não sei pra onde olhar, não sei pra onde seguir, me tiraram o ar e não contentes com isso, me arrancaram ainda o chão, a alegria e o sorriso...
não sei mudar, não sei seguir, pois o que sou é reflexo de quem hoje me abandona...
uma vez me disseram que quando eu olhasse para trás não ia doer já que eu conhecia a dor... mais não, hoje doí do mesmo modo que no dia que aconteceu...
eu já sobrevivi varias vezes, já fui traída e superei, já fui abandonada e achei outra forma de vida... sei que vou seguir em frente e daqui um tempo isso vai ser só lembranças de um período onde tudo dava errado...
"mas o que fazer quando o ratinho ainda quer apertar a barra mesmo levando choque?"
Preciso respirar novamente......
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Você é... Eu SOU!
VOCÊ É...
Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.
Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.
Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.
Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.
Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.
Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.