domingo, 21 de novembro de 2010

"Em uma noite estranha"


Me lembro da primeira aula de laboratório do Decio, no campus I. Estava conversando com um “colega” e ele disse que iria ao shopping com a sua melhor amiga.
Aquilo fez com que eu me lembrasse das minhas melhores amigas, aquelas que eu não via mais, por causa da correria e do rumo que a nossa vida havia levado.
Entre as minhas lembranças e as lagrimas que insistiam em cair no meu rosto, disse pra ele que o que mais me doía era não poder ter novos amigos, pois o nosso contato era curto, sempre só dentro de uma sala de aula com um professor falando lá na frente, éramos todos praticamente estranhos, “nunca” iríamos nos conhecer verdadeiramente. Iria sempre haver uma distancia entre nós pois éramos “amigos de faculdade”.
O tempo passou...
E esqueci completamente desse fato. Ate de repente me ver dentro de um ônibus as 22h49minh da noite de uma sexta feira indo para a casa desse amigo, ate me ver deitada na sala da casa dele, no colo dele, com o amigo de infância dele, que nunca havida dormido na sua casa.
Quando foi que deixamos os professores falando lá na frente?
Quando foi que deixei meu medo de abaixar as minhas barreiras?
Quando foi que ele virou meu coração?
Em que momento ele passou a ser tão essencial na minha vida que me vi agindo pelo coração, mesmo morrendo de vergonha?
Não sei explica. Sei que mesmo com a ventania lá fora, dentro estava tudo calmo, tranqüilo, como se aquilo fosse completamente natural.

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